terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Transição...

Crescimento

À medida que a criança vai se desenvolvendo biologicamente são exigidas, dela, responsabilidades sociais. Essas responsabilidades fazem com que a pessoa em formação caia numa rotina social, mesmo que a rotina seja sair para lugares diferentes com os amigos, mas ainda se torna rotina, mesmo que as conversas sejam diferentes, e as pessoas que eles vejam também sejam, mas a idéia de rotina estará incrustada na vida do individuo em formação. A pior parte disse tudo é que esse individuo não terá outra escolha a não ser se adaptar a essa rotina e começar a achar que isso é a vida, rotina de estudos, programação de televisão, etc.. Daí quando ele parar para pensar direito, tudo o que ele fez foi viver a sociedade, e não a vida natural que poderia ter vivido. Não que essa vida natural seja caçar para comer e viver como um animal numa selva. É fato que para um ser social, como o homem, se desprender de muitas regras sociais é uma coisa meio complicada de se pensar, mas não é porque as regras existem que elas devem ser obedecidas como se fossem a única forma de guiar a vida. Uma vez eu li um livro chamado: “Homens e Caranguejos” de Josué de Castro e ele tem uma passagem interessante, tem um homem que não sai do seu quarto e a sua única visão de mundo é através de uma janela e ele usa um espelho pra ver o mundo com o reflexo que o espelho faz da janela do seu quarto, ele também lê os jornais, e sabe muitas coisas sobre política e sobre o que esta acontecendo no mundo. Certa vez quando vão pedir ajuda para ele sobre como agir em uma determinada situação que pode prejudicar a todos do mangue, ele da uma idéia que contraria quase todas as leis da sociedade, e as pessoas perguntam: “Mas isso não é proibido? Não é contra a lei?”. Então ele responde: “As leis devem ser respeitadas, mas não cumpridas.” Essa passagem me fez entender que o mundo sem as leis para assustar não teria organização (não o mundo como nos o conhecemos, as grandes cidades e tudo o mais), mas se as pessoas tivessem a consciência de que elas é que fazem do mundo a bagunça que este se encontra hoje, muita coisa poderia mudar! O nosso objetivo durante a vida deveria ser estudar para produzir conhecimento para as gerações futuras, e dar a elas uma Terra bem cuidada, bem amada e vontade de viver num mundo onde as pequenas coisas seriam valorizadas, e não deve ser como é hoje onde as pessoas se desgraçam suas vidas tendo que trabalhar em dois ou três empregos (se não mais) para ter uma “renda fixa” e pode “viver bem”. Hoje em dia se fala muito em qualidade de vida, mas essa qualidade se resume só a saneamento básico, comida, água limpa? Não deveria estar incluído repouso, vontade de trabalhar no que quer e não no que tem que ir para ter como comer?

Eu sei que um assunto como este não deveria ser discutido por um leigo como eu, mas certas horas eu me pego pensando em certas coisas que não consigo engolir. Eu queria hoje fazer uma breve introdução para falar da adolescência, mas esse assunto me veio à tona e eu não pude deixar de escrever. Vou tentar me prender ao Crescimento agora...

Pois bem, à medida que a criança vai crescendo como indivíduo ela vai se tornando parte integrante e irremovível do “navio social”, como foi dito no filme: Piratas do Caribe - No Fim do Mundo: “Part of the crew, part of the the ship”. (parte da tripulação, parte do navio), a pessoa não vê o mundo como a liberdade que tinha na infância, ela já tem que começar a entender o mundo social, pois caso não o faça, é tachado de louco, de “doente” e essas coisas... Uma coisa que me entristece muito hoje em dia é ver as crianças agindo como adultos, ou apenas querendo agir. Hoje em dia a vontade de se emancipar psicologicamente é tamanha que crianças mesmo já vestem roupas que não são a cara delas e se perguntarem, elas ainda dizem que gostam! E o pior é que essa vontade de crescer faz com que elas realmente gostem de estar daquele jeito! Eu acho um desperdício a pessoa perder a fase mais livre e inocente da vida querendo ser adulta. Só como nota, eu me considerava criança até os meus 16 anos, e não me arrependo, muitos me chamavam de crianção, outros de bobo ou sei lá o quê, mas eu não me arrependo de nada! Eu posso dizer que aproveitei bastante a minha fase, tive que me adaptar socialmente porque é a ordem natural das coisas, eu não pude evitar.

Sim, essas foram as considerações sobre a transição, espero que me perdoem por estar utilizando o blog para outros assuntos não relacionados às Crônicas, vou me segurar daqui pra frente para apenas postar assuntos sobre elas...

Mais uma vez, Obrigado pelo tempo!

6 comentários:

Greyce Kelly Cruz disse...

assim como vc acha q a sociedade,induz o homem a ser um ser q faz parte dela,não acredito q esses pensmentos provenham das crianças e adolescentes prodígios,essa idéia de crescer,lhes é incubida...pelos próprios pais,q querem sem mais tardar ver q seus filhos são capazes de se defenderem sozinhos(contra a mesma sociedade voraz q é relatada)e a idéia de defesa vem atrelada a um certo grau de maturidade...o único erro nisso tudo é q vestir um adolescente d forma inadequada pra sua idade, e fazê-lo acreditar que com isso ele se sinta tento uma atitude q defendem a forma q ele veste e se comporta,não ajudam a criar uma sociedade(mais uma vez)onde possivelmente os indivíduos q habitam nela livrem-se de criar traços pra q futuramente se encontrem num estado de crise existencial...
http://gookz.blogspot.com/

Renata Ribeiro disse...

Isso FOI uma crônica ! ^^

pow, continue assim, filosofando *-* eh maior legaaal...
acho que nós, que não seguimos tão à risca a tendência da maioria das pessoas da nossa idade em certos aspectos, como festas, gostos musicais, conversas, namoros, "ficas" etc. somos levados a um distanciamento involuntário próprio da observação científica e, porque não dizer, quase sociológica! ^^" é sério...
Concordo com vc que, de uma forma ou de outra, mesmo discordando, agindo diferente aqui e ali, nós ainda somos levados pela corrente da sociedade, e é impossível escapar disso; mas graças a Deus que existe a nossa identidade, a nossa subjetividade, aquilo que nos diferencia e que nos une aos demais seres humanos e que pode fazer toda a diferença pra que nossos dias, semanas, meses e anos não sejam disperdiçados com obrigações que colocam em nossas mentes como inadiáveis...

te adoro ! até mais tarde...
Nho vai ?! ^^

o/

Anônimo disse...

Parabéns Mauricio!!!!
Gostei muito e acho q vc deveria continuar a escrever sobre o que tem vontade, independente do que seja, pois é sempre bom ler opiniões de questões muitas vezes com as quais ñ se tem com quem discutir!!!!
Seja sobre as crônicas da vida, morte...; seja sobre o aquecimento global; seja sobre o amor; seja sobre a intragável eleição de Sarney à presidência do senado(ñ poderia deixar de citar! hehehehehe)
! Mais uma vez, parabéns!!!!

Filho de Vencedor disse...

bom...esse post tah bem grande...agora vou lê...rpz tu progrediu neh...o discipulo sempre supera seu mestre....kkkkk.brincadeira!

Filho de Vencedor disse...

cara...sem palavras!
Muito bom mesmo

Filho de Vencedor disse...

bom...um terceiro comentário tbm vale...
Cara, vc é o cara. Foi bem sincero em tudo que falou> Ficou muito massa.
Uma coisa te falo, só espero que a sociedade não faça de vc mais uma marionete na vida, achei excelente sua opnião crítica sobre o mundo, sobre as leis que tentam nos obirgar a ser os mais certinhos de todos, sobre a ser o almofadinha da vez, etc. Eu sou um desses que agradeço as leis por uma parte, mas não as obedeço e se possível quebro todas as regras.
Eh bom ter mais uma pessoa da nossa área com essa visão crítica e otimista do mundo. Faça sua parte e ajude cada pessoa a fazer a sua tbm, jamais abandone a causa. Uma coisa tenho certeza, seus filhos terão um bom pai.
Abração!